Sexta-Feira Santa, quase páscoa. Lembrei-me de uma história quase engraçada, não fosse quase triste. Mas o que realmente me motivou a dividi-la com vocês foi imaginar esta cena:
ex-Beatle perambulando, anônimo, pelas ruas de Porto Alegre. Nem um pedido de autógrafo sequer, nenhum esquema de segurança, nenhum fã na portaria do hotel.
A circunstância aparentemente inverossímil se deu, de fato, na semana passada. Foi protagonizada pelo intruso da foto aí ao lado, Pete Best, o cara que quase ficou famoso e milionário, e que carrega a cruz de possuir a trajetória mais azarada do rock. Na verdade o caso é relativamente conhecido, portanto perdoem-me os que já estejam a par dos pormenores:
Liverpool, 1960. O trio formado por Lennon, Mc Cartney e Harrison –em início de carreira e ainda não batizados pela alcunha que os tornou célebres- se apresentava com relativa frequência num bar chamado Casbah, do qual a mãe de Best era proprietária. Não tardou para que Pete, que além de ser baterista estava sempre por perto, fosse chamado ao palco no intuito de reforçar o quórum das apresentações.
Antes que pudesse se dar conta, o filho da dona da taverna já estava incorporado ao grupo, e assim foi por dois anos, mais precisamente até que os Beatles assinassem com uma grande gravadora. O contrato possibilitou ao então quarteto tornar-se a mais bem sucedida banda de todos os tempos, mas, para Pete, foi o prenuncio do fim; ainda no período que antecedeu a gravação do disco o rapaz teve a premissa de fama e fortuna destroçada, pelas mãos de George Martin.
Até hoje muito se especula sobre os reais motivos da demissão. Há até quem garanta que a beleza de Pete incomodava a Paul e George. Best, no entanto, escolheu confiar na versão do lendário produtor dos Beatles. Segundo este, a vaga que agraciou Ringo com o emprego dos sonhos de qualquer músico surgiu da necessidade de se contar com um baterista profissional no estúdio, a fim de agilizar os trabalhos. Só não se sabe por quê, findadas as gravações, Best nunca pode retornar ao seu posto.
1965.
Três anos haviam se passado do traumático episódio, e os Beatles, da maneira que viemos a conhecê-los, eram um notório e inédito fenômeno mundial. Deprimido e atormentado pela pergunta óbvia que o acompanhava em todo lugar, Pete chegou a tentar o suicídio, por inalação de gás. Salvo da morte pela mãe, decidiu por uma pedra no assunto. Virou padeiro, funcionário público e só então, duas décadas depois de sua tragédia particular, pode voltar à música.
Talvez para exorcizar a rejeição que decretou sua sina, talvez para recolher o único dinheiro que sua ex-banda lhe rendeu, o ex-quase-famoso-Beatle decidiu permitir que registrassem sua saga em “Pete Best of The Beatles: The Greatest Rock n Roll Story Never Told”, documentário cujo sugestivo título já dá ideia do que se trata. Apesar dos pesares, Pete jura não guardar rancor dos antigos colegas. Tanto que sua visita ao país se deveu a participação no show do The Beats, uma das mais cultuadas dentre as centenas de bandas covers dos Beatles. Irônico? Eu diria que está mais para…melancólico.
Entre sentir pena e acreditar que o sujeito aprendeu a levar a própria (má) sorte na esportiva, prefiro a segunda. Por via das dúvidas, durante a apresentação, Best foi ao microfone fazer sua graça:
“John Lennon? Um gênio. Paul McCartney? Gênio. George Harrison? Gênio. Ringo Starr? Baterista.”
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Pessoas que irritam
FOTO DA SEMANA
FOTO DO MANO MENEZES AO LADO DO GANSO
Notícias que podem mudar o mundo:
Mulheres se sentem atraídas por carro de luxo, diz estudo
Para o vendedor Carlo Enrico, 27,São Paulo,
o carro influencia na hora da paquera. Dono de um Chevrolet Camaro laranja, o solteiro diz que as meninas ficam "hipnotizadas" pelo esportivo.
A discussão é antiga e Enrico não está sozinho. Há quem defenda que um carro mais caro pode ajudar na hora da conquista.
Pesquisadores da Universidade do Texas, porém, afirmam ter provado, ao menos em teoria, que as mulheres, realmente, se sentem atraídas por homens que dirigem carros de luxo ou esportivos.
O estudo realizado nos EUA relacionou o comportamento humano ao dos pavões. No caso da ave, os machos abrem a cauda, com penas chamativas, para atrair as fêmeas.
Não......,e eles ainda não sabiam,
e ainda tiveram que fazer um estudo,
eu acho que a universidade do Texas está em outro planeta !!
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