http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2014/06/medicos-voluntarios-agilizam-transplante-de-pacientes-no-parana.html
(clique e assista a matéria de hoje no Bom Dia Brasil da Globo)
Médicos voluntários agilizam transplante de pacientes no Paraná
Cinco médicos dividem o consultório para atender cerca de 250 pacientes por mês. Pacientes mais graves são encaminhados para fila de transplantes.
Um grupo de médicos de Curitiba conseguiu o que parecia impossível. Trabalhando de graça, eles venceram a burocracia e apressaram o transplante de quem não tem dinheiro para pagar pela consulta.
Quem deu a notícia de que Gerson precisa de um transplante de fígado também trouxe esperança. É que a hepatite grave foi descoberta a tempo por médicos especialistas em doenças de fígado que atendem de graça em Curitiba.
“Ser médico não é só pensar na questão financeira, é ser preparado para ajudar as pessoas nas suas doenças graves, afirma Fabio Porto, médico cirurgião.
São cinco médicos que dividem o consultório. Cada um doa um dia de trabalho voluntário por semana para atender em média 250 pacientes por mês. Eles analisam os casos para romper a burocracia das agendas dos hospitais. Ninguém fura a Fila Nacional dos Transplantes, mas os pacientes mais graves conseguem ser encaminhados mais rapidamente para esta fila.
As consultas são de graça, mas é preciso já ter feito antes algum exame do fígado, seja pelo SUS, convênio ou particular. É com base nele que os médicos definem quem vai ser atendido antes. Eles dão prioridade aos casos mais graves, aos que não podem esperar.
Luiz Carlos da Silva foi chamado em uma semana porque os exames mostravam um câncer no fígado. “No início, quando eu fiquei sabendo do diagnóstico eu fiquei assustado, triste. Mas depois eu fiquei bastante esperançoso e eu tenho certeza que vou ficar curado”, diz.
A chance de cura nestes casos aumentou no Brasil. O número de pessoas esperando por um transplante de fígado caiu de quase 3,4 mil para 2,2 mil pessoas em 3 anos, graças ao crescimento no número de doadores de órgãos.
Seu Jaime se recupera bem, já com fígado novo. Ele tinha cirrose e foi tratado pelos médicos voluntários. “Vou voltar a trabalhar”, comenta.
"É bom quando encontra alguém pra ajudar nessa hora. É tudo", agradece a esposa dele.
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